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A homossexualidade tem grau

Terça-feira, 13.09.11

Vamos cingir-nos à sociedade portuguesa e à Igreja católica. Durante séculos, isso mesmo sé-cu-los, a Igreja teve um papel primordial dentro da sociedade, papel esse muitas vezes negativo, outras tantas vezes positivo. Hoje essa sociedade evoluiu e a presença da Igreja na vida das pessoas diminuiu tanto quanto o obscurantismo que antes as prendia à mesma. Neste sentido, a Igreja tem procurado aumentar a sua intervenção em questões que são importantes para a sociedade, e essa interferência não é a mais do que a tentativa desesperada em manter o seu estatuto perante a mesma. Falemos agora da homossexualidade. Muitos acreditam que a homossexualidade é fruto da época contemporânea, contudo se estudarem a questão a fundo perceberão que esta forma de afecto é uma realidade de todas as épocas. O que acontecia era o seguinte: o amor entre duas pessoas do mesmo sexo era tabu e aqueles que se sentiam como homossexuais era obrigados a casar e a manter uma vida de aparência sob pena de ser completamente ostracizados. Hoje a abordagem à homossexualidade mudou e este tipo de relação é visto com muito mais naturalidade do que há anos atrás. A chamada discriminação continua mas atinge contornos muito menos graves. Juntemos então as duas questões: a homossexualidade e a Igreja. Recentemente a Igreja veio dizer que só aceitaria o divórcio num casal em que um dos cônjuges fosse homossexual consoante o grau dessa homossexualidade. E a esta decisão geral já de si ridícula e estapafúrdia juntou um conjunto de argumentos em que explica quais os critérios que vão ser usados para calcular o tal grau. Em traços gerais vai colocar numa balança quantas vezes é que a pessoa já se relacionou com alguém do mesmo sexo e contrapor esse número ao número de vezes que manteve um relacionamento heterossexual. Daí resultará a conclusão se é possível ou não a pessoa continuar a cumprir com os seus deveres matrimoniais. Enfim, há muito tempo que não ouvia uma coisa tão se nexo e apenas posso concluir: Na sua busca desenfreada em se manter activa, dominante e omnipresente, a Igreja é cada vez mais alvo de chacota dada a sua postura estrambólica e ridiculamente intransigente. Melhor seria se criassem um método para medir o grau de pedofilia de grande parte dos membros da Igreja, isso sim seria apoiado pela sociedade e salvaguardaria as crianças de um dos seus principais inimigos.  

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publicado por Lígia Laginha às 08:34





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