Céu limpo mas com nuvens
Deambulações intelectuais sobre isto e aquilo...
A causa pouco NOBRE

Confesso sem pejo que Fernando Nobre foi a minha maior desilusão política dos últimos tempos. A imagem de homem íntegro e imparcial que tinha dele aquando da sua candidatura às presidenciais simplesmente sucumbiu. Agora não posso deixar de olha-lo com desconfiança e até com algum desprezo. Vem-me à cabeça a frase corriqueira “Cada um é para o nasce” e Nobre simplesmente NÃO nasceu para a política. Mas à parte essa constatação que já todos fizemos o que me repugna na personagem Nobre é que as suas acções não fazem jus ao seu nome, isto é, são muito pouco nobres. Dá-me aquele calafrio na espinha sempre que alguém dá o dito por não dito e, neste caso, foi exactamente o que aconteceu. Pouco tempo antes de começar toda a fantochada que foi a sua candidatura a Presidente da Assembleia da República, Nobre havia dito e redito que era apartidário e jamais faria parte de um partido. Essa foi a sua primeira fraude à qual se seguiram outras que mostraram que afinal Nobre é tão somente mais do mesmo. Ontem as televisões anunciaram a demissão de Nobre como deputado para se dedicar às causas humanitárias, causas essas a que sempre se dedicou na AMI (por uma questão de lógica assim deve ter sido). Para mim desistiu tarde demais da história onde nunca deveria ter entrado. Pena é que só tenha optado pelo humanitarismo em última estância e depois de ter levado uns quantos “fora” da Assembleia.