Céu limpo mas com nuvens
Deambulações intelectuais sobre isto e aquilo...
O Colosso de Rodes

Ontem a maioria dos telejornais abriu com a seguinte notícia: o Governo “descobriu” um colossal desvio nas contas públicas! E, pasme-se, esse colossal desvio é o argumento necessário para medidas adicionais de austeridade. A oposição, anterior governante, mostrou-se chocada e logo desafiou o PSD a justificar as suas afirmações. Escaramuças à parte, o que conta aqui é a palavra “colossal”. Afinal “colossal” é quanto? Para mim é muito, mas para outros talvez não seja assim tanto… O que quero dizer é que deveria ser especificada a quantidade do tal desvio ao invés de se usarem termos genéricos que o Zé Povinho tem dificuldade em entender. Eu, só por acaso, claro, sei o que é o Colosso de Rodes mas acredito que a maioria dos tugas nunca de tal tenham ouvido falar. Logo para esses tugas um desvio colossal pode soar a uma comida esquisita ou a uma marca de shampoo. Enfim, e se nos deixássemos de usar palavras de sete mil e quinhentos e passássemos a palrar de forma a que todos entendessem? É uma sugestão… Entretanto o país lá se vai afundando tal qual aconteceu com o Colosso de Rodes outrora.