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A idade do apagão

Sexta-feira, 16.09.11

Muitos ainda consideram a Idade Média como a Idade das trevas, do obscurantismo, do breu. A verdade, é que a Idade do apagão é agora. Com o custo da electricidade a aumentar em 30% como ora se prevê muitos serão aqueles que estão condenados a viver na mais densa escuridão. Olhar para um futuro em que os bens essenciais (sim porque a electricidade é hoje um bem essencial) se revelam para a maioria das famílias como algo inacessível é frustrante. E mais do que frustrante é revoltante. Vivemos num progresso retrocesso em que quanto mais para a frente caminhamos mais longe do bem-estar social estamos. E a revolta é sobretudo uma: são sempre os mesmos a pagar! Os governantes de hoje esquecem-se das pessoas em prol das benesses económicas. Deplorável mas verídico. Enfim, lá teremos de voltar ao velhinho candeeiro a petróleo ou a azeite. Mais uma pena a que o povo tuga, inocente, foi condenado pelos seus dirigentes, os verdadeiros culpados. 

 

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publicado por Lígia Laginha às 09:28

A moda das auditorias

Terça-feira, 06.09.11

Estou cansada de tanta auditoria. É auditorias a isto, auditorias àquilo e et cetera, et cetera. Pergunto: Quem paga tanta auditoria?? Não seria mais vantajoso e menos dispendioso se se tomassem medidas para evitar as falcatruas? É que ir investigar essas falcatruas depois de elas estarem mais que feitas só acarreta despesa e não traz lucro nenhum. Quantas já não foram as auditorias que não chegaram a qualquer conclusão?? E quantas auditorias não descobriram buracos astronómicos mas no fim ninguém foi acusado nem teve de tapar o tal buraco? Cá para mim, isto das auditorias e das estatísticas a tudo e mais a alguma coisa é moda. Deixemo-nos de ilusões! Aqueles que sacaram dinheiros aqui e ali de forma menos própria estão agora a gozar a vida à custa do mesmo dinheiro. Quanto às auditorias, essas só são mais uma forma de espectáculo para inglês ver… Espectáculo esse que o Zé Povinho é que tem de bancar (só para não variar). 

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publicado por Lígia Laginha às 11:40

Todos iguais, todos diferentes

Sexta-feira, 02.09.11

A União Europeia, de quem tanto se tem falado ultimamente, torna-se cada vez mais no calcanhar de Aquiles daqueles que dela fazem parte. União quer dizer unidade, junção e outra caterva de coisas mas a verdade nua e crua é que essa União só existe para alguns europeus mais dados a danças e contra-danças. A tendência para a unificação das nações faz destas últimas pátrias sem rosto cuja independência económica faz parte de uma passado mais ou menos longínquo. Ontem a Senhora Dona Merkel apelou à uniformização da idade da reforma para toda a Europa e mais uma vez as suas teorias merkelianas receberam o aval daqueles que precisam da massa alemã para não ir ao fundo. Contudo, pus-me a pensar num futuro em que um qualquer funcionário da Repartição das Finanças vai trabalhar de algalia e se cruza na rua com um outro funcionário público que terá de chegar ao local de trabalho com o auxilio de uma andadeira. Credo! Que cenário deprimente. Para já não falar que muitos quando chega a idade da reforma já estão no país das tabuletas há muito tempo. Com isto tudo percebemos claramente que as pessoas são cada vez menos vistas como tal e que o factor humano é subjugado perante a necessidade de fazer dinheiro. Esta mania dos megalómanos como a Dona Merkel e os troikistas de enfiar tudo num só saco como se de batatas se tratasse acaba por resultar num puré nada saboroso. O problema remonta aos inícios da União Europeia e ao facto de uns serem apelidados de cimeiros e outros relegados para a eterna cauda. Com o passar dos anos, os primeiros deram as mãos e empurraram os segundos para uma completa dependência económica e financeira. Uns são mais iguais do que outros e os que não são iguais têm de o ser sob pena de não sobreviverem à tão aclamada crise. Entretanto, o Zé Povinho só vai sabendo aquilo que os seus governantes querem que se saiba e, não obstante, um ou outro jornaleco dar de vez enquanto o alarme para uma nomeação aqui, um desviozinho acolá, tudo se passa à revelia dos desejos e das necessidades dos que mais sofrem com as decisões. Aqueles que querem um pedaço de pão para comer e não o têm são chamados de pobreza envergonhada, no entanto, não sei se a sua pobreza será mesmo envergonhada se não tem o feedback necessário para ser posta à vista de todos. É que há muita coisa que os mandantes não querem ver e a miséria é uma delas. 

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publicado por Lígia Laginha às 09:27

Não toquem nos ricos

Quinta-feira, 01.09.11

Antes de mais peço desculpa aos caros leitores deste blog meio nublado pelo tempo de ausência. A verdade é que as notícias são tantas que por vezes não é fácil escrever sobre a catadupa de informações. Sobretudo quando as notícias são de impostos, impostos e mais impostos. Só se fala de crise, de troikas, da Alemanha e daqueles que andam a lamber as botas à Merkel. Depois, com sorrisos mesclados de um cansaço fingido ou real, o Sr. Passos Coelho lá veio tentar explicar porque não podem os milionários pagar mais impostos do que nós, míseros assalariados tratados como números de uma estatística qualquer. O que nos outros países surgiu como uma consequência natural das dificuldades económicas, aqui não é apoiado porque em Portugal os milionários não o são como nos outros lados. São pessoas honestas, que vieram do nada e que agora são riquíssimas à custa do seu suor. Ora! O que o Passinhos quer é que sejam tomadas medidas que tornem a distribuição de riquezas mais equitativa. Mas se o objectivo é esse estamos cada vez mais longe de o atingir. Caro amigo Coelho, abra os seus olhos e veja como as desigualdades são cada vez maiores e como o aumento da criminalidade também se liga ao facto de uns terem tudo e outros não terem nada. Com certeza que o amigo deve ter muitos parceiros cheios de massa e não os quer ver a pagar mais uns tostãozinhos de impostos, contudo pare de atirar areia para os olhos do povo tuga. Olhe que há pouco tempo que se agarrou ao tacho e já deixou esturricar a comidinha toda. Até ao Natal aposto que já ninguém admite que votou em si. É que por cá cada vez se gosta menos de aldrabões de meia tigela e aqueles que acreditam em Coelhos da Páscoa já são uma minoria. 

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publicado por Lígia Laginha às 11:34

Falar à moda antiga

Terça-feira, 16.08.11

Recentemente, Marcelo Rebelo de Sousa criticou, indirectamente é bem verdade, o uso do Facebook pelos excelsos políticos portugueses. E digo indirectamente porque fez-se valer da personagem Obama para mostrar o seu desacordo para com essa forma de agir. Mas para “bom entendedor meia palavra basta”. A meu ver, Marcelo Rebelo de Sousa está, não certo, mas CERTÍSSIMO. Neste blog, alguns posts mais abaixo, também eu mostrei a minha indignação perante uma mensagenzita deixada por Passos Coelho, antes de partir para as suas belas férias na Manta Rota, na referida rede social. Na verdade, é sobejamente ridículo e ilógico que se recorra a uma base a que só uma minoria tem acesso para deixar mensagens sobre as medidas tomadas que dizem respeito à maioria. Direi mesmo que à uma tentativa de fuga para não enfrentar os afectados olhos nos olhos. O Facebook é uma forma de camuflar a gravidade de determinados actos por detrás de perfis que apelam à confiança. E é também um escape para na hora H alguém se escudar no argumento “Mas eu já tinha avisado no Facebook que ia ser assim! Se não leram o problema é vosso.” Caros, Sr. Passos e Sr. Silva lembrem-se que estão em Portugal e que neste país a população é tendencialmente envelhecida e que isso diz muito sobre o acesso ou não às novas tecnologias e às redes sociais. Sigam o exemplo “Obama” e as palavras do velho amigo Marcelo e voltem a falar com o povo tuga à moda antiga. 

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publicado por Lígia Laginha às 11:27





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